Homenagem a Dona Elédia: Uma vida dedicada ao artesanato e à comunidade

Na tarde desta quarta-feira, dia 28, durante a ExpoFemi, o Museu do Milho foi palco de um emocionante encontro para homenagear Dona Elédia, figura emblemática de Xanxerê, conhecida carinhosamente por sua dedicação ao artesanato e à comunidade. Organizado pela Comissão do Museu do Milho, sob a liderança da presidente Aguinetes Barfknecht, o evento contou com a presença de diversas mulheres do círculo de amizade da homenageada, além de membros de clubes de serviços, em uma celebração marcada por afeto e reconhecimento.

A homenagem teve como propósito destacar a relevância de Dona Elédia não apenas como artesã, mas como um símbolo das mulheres que moldaram a história do município.

"Ao pensar em alguém que verdadeiramente representasse as mulheres de Xanxerê, uma artesã com sete décadas de contribuição para nossa comunidade, imediatamente pensei em Dona Elédia. Ela personifica todas aquelas que lutaram, batalharam e dedicaram suas vidas ao artesanato e à família. Dona Elédia não apenas me inspirou pessoalmente, como foi minha mentora, minha professora. Seu coração generoso e sua dedicação ao próximo são exemplos que merecem ser celebrados", destacou Aguinetes.

Nascida em Guaporé/RS, em 29/01/1934, Dona Elédia chegou a Xanxerê aos 8 anos de idade, em uma época em que o município ainda pertencia à Colônia Militar de Chapecó. Desde cedo, demonstrou seu talento para trabalhos manuais, iniciando sua jornada no mundo do artesanato desde aquela época.

Com o passar dos anos, sua habilidade com as mãos e seu espírito solidário conquistaram reconhecimento na comunidade. Fundou grupos de mulheres interessadas em aprender tricô e dedicou-se a produzir peças únicas e encantadoras ao longo de sua vida.

Além de seu trabalho como artesã, Dona Elédia também contribuiu significativamente para o desenvolvimento social de Xanxerê. Prestou serviços na assistência social durante a gestão do prefeito Doílio Mosqueta e participou ativamente de entidades e clubes de mães. Mesmo após se aposentar, continuou seu legado de solidariedade e voluntariado, sendo uma presença constante na APAX.

Para Dona Elédia, a homenagem foi motivo de profunda emoção. "Cheguei a Xanxerê com apenas 8 anos, vi a cidade crescer e se desenvolver. Meu primeiro emprego foi com a Portuguesa. Hoje, um pouco debilitada, mas meu amor pelo artesanato permanece intenso", compartilhou emocionada.

Sua trajetória é um exemplo inspirador de dedicação, talento e amor à comunidade.

Com momentos de nostalgia, sorrisos e abraços calorosos, o chá em homenagem a Dona Elédia fortaleceu os laços de amizade e gratidão entre aqueles que tiveram o privilégio de fazer parte dessa jornada.